quinta-feira, 16 de abril de 2015



“Perdido que só”

Hoje não vai dar. Não direi nada a respeito disso. Estou cansado. Eu sinto muito. Não quero me manifestar. E nem sentir. Não quero nada, nada mesmo. Nem vou processar as imagens, só captá-las. Apenas enxergar com os olhos, sem processar. Enxergar fisicamente. Sim. Os bastonetes são vulneráveis. E você vai querer ficar descansando em minha retina. Pode ficar. Não tem problema. Fique o tempo que quiser. Mas só meus olhos vão te ver. Eu não. Eu não quero. Eu não posso mais. Eu não consigo. Se você soubesse como tem sido, perceberia que há razão no que digo. Mas você não percebe. Você não quer perceber. Talvez você tenha medo. Eu não sei. Não sei se é medo. Talvez seja. Talvez não. Mas você sabe. Isso sim você sabe. Você é uma menina que sabe das coisas.

Eu estou até conseguindo, sabia? Isso você não sabe. Meus cabelos estão crescendo. Lembro dos seus. Acho que no fundo, no fundo estou deixando os cabelos crescer pra me lembrar dos seus. Porque aí não preciso ficar olhando suas fotos que tenho aqui. Basta tocar meus cabelos pra sentir um pouco de Pólen. Mas eu não quero. Só que eu consigo sempre. Porque você sempre fica aqui. Eu convido sempre pra você entrar. Mas você fica. Você não vai embora. E eu fico sempre esperando você voltar, fugindo de você. Fugindo pra você, procurando por você, me perdendo em você. E você se perde cada vez mais de mim... Fica. Não quero que você vá embora. Mas você volta sempre. Pára. Por favor.

Eu até precisava te pedir uma coisa. Na verdade, vou pedir. Preciso pedir. Eu sei que vou conseguir pedir. É apenas um pedido. Não vai doer. Não machuca também. Então eu vou pedir e você vai aceitar. Não tem problema em pedir. É sim ou não. É o máximo que um pedido pode produzir. Apenas um pedido... é só isso. Gostaria que você pudesse me... Espera! Não se pede isso. Não. não pode ser pedido. Mas eu peço, eu peço assim mesmo, eu peço por favor... Você pode só mais uma vez, mais uma “vezinha de nada”, bem pequenina, ainda que talvez não seja, porque eu preciso muito, preciso sim, você sabe que talvez,

domingo, 12 de abril de 2015

...das palavras mudas que são gritadas pelo silêncio.



Eu fico um pouco triste com isso, sabe? É como se eu estivesse pagando por um crime que eu não cometi. Eu não fiz você sofrer. Eu não traumatizei os seus sentimentos. E dá uma vontade de chorar quando penso nisso sabe? Porque eu só queria te mostrar que o amor é a coisa mais linda desse mundo. E que é possível. Estou falando de algo que não mata... que não machuca. É algo que nos purifica a alma de toda a maldade do mundo. Algo que nos faz querer nos manter bonzinhos... Não é porque é bonito ser bom. Mas porque é delicioso ser bom. Talvez seja essa a necessidade de amar: amar para nos sentirmos bem; amar para nos sentirmos bons; amar porque nos faz bem; amar porque nos faz fazer o bem; porque é etéreo e nos aproxima mais do substrato da matéria divina. Somos deuses quando amamos!