domingo, 14 de outubro de 2018

"Esse texto foi escrito um dia depois do seu acidente. Eu me  
  atrevi escrever. Guarde entre seus pensamentos e entre as   
               brechas que existem no seu coração de adamantium."      


14 de julho de 2009

Eu me atrevo a escrever. Me atrevo porque sinto que é assim que chegarei até você. Escrevo não um artigo científico sobre um tema acadêmico que é o meu costume. Escrevo um... um... Escrevo algo para você. 

É estranho, acabei de entrar no seu orkut. Fui na página de recados. Entre lágrimas li o que escreveram para você. Você, por enquanto, não vai ler. E as pessoas sabem disso. Por que eu fui no seu orkut? Eu sei que não tem nada de novo, mas eu fui. É bom para gente. A gente sente você. Talvez por causa das fotos. Talvez por causa das palavras que você deixou lá. 

Tenho uma vantagem à frente das outras pessoas: os e-mails que trocamos na semana passada. Os textos que você escreveu e me enviou. E que eu li reli e treli milhares de vezes. Em um deles você disse: “às vezes não tiramos carteira de primeira, sabe? Mas na segunda vez a gente consegue!” Jeito diferente de me contar que tinha tirado carteira. Fiquei feliz porque você tinha conseguido o que queria a tanto tempo. Fiquei triste porque estava preocupada. Moto é perigoso, eu dizia. Toma cuidado, Sérgio. E você com aquele ar de ser como Deus e estar em todas as coisas, dizia que não era bem assim e que você não se importava com isso.

Não sei se você está em todas as coisas. Mas sei que você está em mim e em tantas outras pessoas que te amam e te querem sempre por perto. O seu coração de adamantium já passou por poucas e boas e também por muitas e más. Essa será mais uma de tantas. Você me disse que estava bem, que estava ótimo. Que tinha voltado a escrever e que iria comunicar ao mundo o que é a vida! Espero, ansiosa, pelo seu comunicado.

Você me disse que o bater das asas de uma borboleta num extremo do globo terrestre, pode provocar uma tormenta no outro extremo no intervalo de tempo de semanas, você me disse que se navegar é preciso, viajar é inevitável, você me disse que o número de conexões cerebrais possíveis é maior que o número de átomos existentes no planeta. Você me disse que achava que o mundo não fosse acabar. E também disse que achava que o Elvis não tinha morrido. Você deve pensar o mesmo em relação ao Michael Jackson. Você me disse muitas coisas que eu não esqueço. Você gostava de falar da minha magia de menina inteligente. Você um dia me chamou de salva-almas. Você já me chamou de chata e também de meu bem... Você me disse que estaria ao meu lado sempre que eu precisasse. Você me disse! O Relictia me disse e o Morais Filho também me disse. E agora? O que faço com todas as coisas que ouvi? Ainda preciso ouvir muitas coisas de você. E você precisa repetir mais umas tantas que eu ainda não gravei. Preciso do cheiro de seu hálito revestindo os verbos que, impessoalmente, protagonizam ações inconjugáveis.

Aguardando sua volta, fico aqui.



   

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

"...mas é que você é tão doce,
 tão exagerado, tão extremo,
tão do meu jeito que..."


Eu quero tanto você, mas tanto, que toda a forma de querer, toda a intensidade de querer nunca será suficiente. A cada momento que você puder sentir, deve saber que está em constante multiplicação. E não só em quantidade; pois a intensidade caminha a passos largos. Ela está em constante aproximação. Sempre há um ponto a mais onde deve ser aproximado entre nós. E esse é o “assim” que eu quero tanto você...

Segundo a matemática, a menor distância entre dois pontos distintos é uma reta. Isso não é tão verdade assim. Porque por menor que seja a distância entre nós, sempre será possível nos aproximar ainda mais. Porque o para sempre aqui não é um para sempre que acaba ou estático. É um para sempre que não para nunca de ser tão infinito em sua eternidade.

E que a razão não diga nada a nosso respeito para que o nosso amor governe nossos sentimentos. Já que tudo em você vem até mim, tudo em você me quer, só nos falta uma coisa. E você citou muito bem aquilo que nos falta reciprocamente: o nosso encontro! Afinal, o emprego do pronome possessivo na terceira pessoa do plural quer manter o NOSSO amor, tão NOSSO, como algo indivisível, intransferível, inacabável... a ponto de eu poder dizer naturalmente em seu ouvido que você é o meu encontro máximo com a perfeição.

Você é realmente capaz de gerar vida em mim e em minha própria vida...

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

A resposta é sim.   
Esta também é pra você!


Bom dia, meu amor... De manhã é sempre estranho quando o dia termina de nascer. É estranho ver você longe... Distante... Apenas na lembrança. E ao mesmo tempo tão presente. Dá vontade de ficar quietinho, parado, até você mudar de ideia e voltar para habitar meus sonhos, meus pensamentos, meus sentidos e meus desejos. Aliás, tem hora que chego a fabricar algumas certezas artificiais aqui. Estabeleço coisas como: De agora em diante vai ser assim; vou ficar aqui até ela mudar de ideia. Vou ficar esperando. Sei que ela me diz pra eu não ficar apenas no imaginário. Mas é tudo que tenho agora. Uma fantasia e um delírio imaginário. Aí consigo pensar e sentir que tenho você, minha namorada imaginária, que está pensando em chegar, que está avaliando os riscos, que está decantando certas dúvidas, ou que está apenas verificando através da distância se eu gosto mesmo de você. E antes do fim do dia, essa espécie de teste que também é imaginário vai terminar e você vai surgir das cinzas das lembranças dizendo: "Voltei, meu amor. Cheguei pra ficar. Ou pra ir embora com você."



Trecho extraído de algum livro que provavelmente o autor desconhecido não vai escrever. Ou páginas extraídas de alguma memória heliânica, artificial, fantasiosa e residual que insiste em ser navegável...



Desculpe. Não sei nadar. E por vezes, durante o dia, alguma tempestade marítima cruza o mar de saudades. E eu acabo me afogando. É sempre o imaginário que vem fazer o resgate. Armado e poderoso!

sábado, 30 de junho de 2018

"Ei... e aqui tem você...
No pensamento, 
no sentimento,
cheiro e no gosto..."

 12250618

Olha,

Eu ensaiei várias falas prontas, várias frases de efeito, enfim... raciocínios lógicos para chegar aqui e não sofrer nenhum arranhão de seus argumentos e vencer de forma plena. Pensei em até trazer o poder invencível de controlar o amor da humanidade, mesmo não sendo justo com você. Mas agora quando chego aqui, fico perdido. Nem sei o que dizer. Não consigo me lembrar de nada do que eu disse. E disse pra mim mesmo pra ver se o fato de eu ouvir o que eu falo e falar o que ouço, poderia me deixar com a memória mais afiada. Prometi que eu não deveria lhe influenciar. Tentei fazê-lo. Só que não vou conseguir.

Poxa vida, sabe? Esse nosso encontro foi bom demais. Não tem como não dizer que vai ficar pra história. E é exatamente aí que está o problema. A história da memória. (...) Aí aparece uma criança de 32 anos com uma ou outra habilidade. E você fica assim... você vem... você volta... Estica, retrai... fica esperando dizer que não quer esperar e dá um nó. Mas não diz que NÃO. Não admite dizer que NÃO quer. Fica toda bagunçada. No começo você dizia que não estava dividida. Mas agora não pode negar que está dividida. E a criança participa de seus dias presente e profundamente. Eu sinto muito dizer uma crueldade dessas. (...)

Mas o que podemos pensar disso é que o garotinho é muito especial e tem habilidades de controlar o amor da humanidade. Em ambos os casos eu sugiro que você volte para emoção. Não fique aqui na razão. Porque aqui também você é minha. (...)

A luz só pode entrar se encontrar a porta aberta. Ou uma janela. Ou uma fresta. Um orifício. Ou uma rachadura. Bom, tem o vidro né. E se o garotinho é tão especial assim, a ponto de provocar tantas dúvidas e divisões, você deve imaginar que... (...) você sabe, né?

Volte para emoção e siga seu coração. Porque racionalmente é inviável você ficar assim, aqui na razão. (...) Você havia falado sobre intervalos... Posso solicitar um agora? Merecemos não? Ai experimentamos e vamos vendo como fica isso... Posso lhe convencer com 187 argumentos diferentes pra você ficar. A razão não compensa pra você.

segunda-feira, 25 de junho de 2018


Não  posso me deixar
solta  em você; eu me
perco de mim mesma




Você sabe quem sou, certo? Sim. Muito, muito esperta você. Eu sou você, ansiada e desejada de saudades.Eu sou você, que sorri esses sorrisos bonitos quando é vitimada por um kit sequestro bastante açucarado. Eu sou você, delícia-ultra de sonhos que, embora fantasiosos, sabem de cór(ação) os caminhos para serem executados. Eu sou também você, despertadora e expressadora de desejos e admirações de características e propriedades Heliocentricas. Eu sou ainda você, que apesar de não fazer ideia, é muito solicitada em pensamentos oriundos de universos cardíacos mais ou menos poéticos. E que eu sei que você adora.

Mas eu também sou você, que em determinada visão turva de paixão - e também de quase amor - é capaz de ultrapassar quaisquer belezas da atmosfera terrestre. Sim. Porque apesar de aparentar exagero, é a única beleza que foi capaz de despertar subjetividades "Gigantes". Ou de Bebês Gigantes. E eu sou aquela que é você, que me pertence todos os dias, como algo congênito que não surgiu, não apareceu, não foi posto e nem colocado. Foi despertado. Provocado. E foi bastante beijado também. Como se já estivesse aqui desde antes mesmo de eu saber, escondida ou fantasiada numa música.

E pra você nunca mais se esquecer de quem eu sou, eu sou você, que vai ser amada com todo amor que houver nessa vida, exatamente por ele estar em você - em uma vida de mão dupla - amando e sendo amada, varias vezes ao dia, muitas vezes ao dia, todas as vezes do dia. E a cada vez que você pedir SOCORRO, cada um dos infinitos será imediatamente, irreversivelmente, incandescentemente multiplicado.

Portanto, eu sugiro que defenda-se de você, defenda-se de  mim. Se pudermos, se quisermos...

domingo, 17 de junho de 2018

E aí tem você:
uma parte que
não é parte por
nunca deixar
de fazer parte
do todo, de tão
tudo que sempre foi.







Minha jovem,

Vamos lá.  Vou começar a lhe contar a verdade. Não quero rodeios, metáforas ou delírios fantasiosos. Chega de poesia romântica. Basta de poesia jovem e ilusões pueris...

O que eu queria tanto agora é poder resumir o que eu sinto por você em dois ou três parágrafos... Mas não consigo. De verdade... É como se quando eu começasse a falar, as palavras fossem surgindo uma a uma, combinando entre si e subtraindo de si mesmas o verdadeiro aroma desse sentimento. É difícil explicar...

Hoje, o dia inteiro, tudo que eu via, ouvia, sentia ou tocava me levava até você. Parecia que não somente eu pertencia a você. Eu me sentia totalmente imerso em um mundo completamente seu, no qual, tudo que havia e existia fosse parte de você. Eu me senti tão fortemente ligado a você que não era possível separar você da realidade; você era a minha única realidade.

Realmente não havia como fugir de você hoje. Eu estava preso. Preso em tudo aquilo que me levava até você. Era uma prisão açucarada de sensações, como se cada movimento meu naquele mundo que era tão seu, me encantasse e me apaixonasse ainda mais por você. Foi então que eu descobri que o que sinto reside a partir de tudo aquilo que existe. Exatamente porque muitas coisas existe. E a partir de cada uma dessas coisas que existe, reside algo que sinto por você. Uma fração, uma fagulha, um indício ou resquício.  

sábado, 16 de junho de 2018

Surreal:        
adjetivo de  dois gêneros;
1- que  denota estranheza,
transgressão    da verdade
sensível, da razão, ou que
pertence  ao  domínio   do
sonho,  da imaginação, do
absurdo.        

          
Saber que você tá acordado me deixa inquieta.Uma mistura de vontade de ligar e ao mesmo tempo crendo que o melhor a fazer é deixar “decantar”...e não desencantar, pois, o “encanto” já se estabeleceu e agora nos cabe decifrar.

Como te disse, temos q “formatar” isto juntos e seguir sempre melhor!!

“Mininu”, já pensei em você de várias formas... algumas que só pertencem ao pensamento, (penso escondidinho e logo em seguida, retomo a consciência e vem a pergunta:

- à que será que se destina? Mas seja lá como for, é também leve, instigante e fugaz... por onde andará seu pensamento?

- Não digo que estou “dividida” mas incomodada e inquieta...

- É uma sensação de incoerência,  de deslealdade embora tudo faça sentido e esteja sendo leal ao que tô sentindo. É uma vontade fraternal/carnal  que se misturam na sensação e me fazem estar por aqui escrevendo. Quase um ”seriado” de tão surreal que ao mesmo tempo que retrata a realidade , exacerba;

Eu nao sei bem o que isto quer dizer e nem o rumo que tomará, mas hoje, te digo que a minha “inquietude” tem nome: Sergio.

Eu queria mesmo te encontrar mas nao sabia como. Eu quero que seja só bom e que seja pra edificar coisas felizes.

Dorme com Deus.

Procure relaxar e descansar.

Provavelmente ja estarei quase dormindo quando você ler isso.

Nao vou ficar digitando hoje tá?!

😘

Boa noite