segunda-feira, 1 de junho de 2015

Domingo...

The Meditative Rose - Salvador Dali - 1958


E se eu disser a verdade? Que o último domingo trouxe o fator encantador de retinas? Mesmo sem o contato da epiderme, mesmo entre um metro e meio, mesmo entre palavras e entre linhas, as pálpebras se renderam ao fluxo de olhares que transbordaram. Talvez você tenha percebido. Meu foco se chocava violentamente ao seu, a procura de um par de lábios e um par de braços para repousar. Ou abraçar... Um carinho as vezes é bom!

Partirei daqui. Quero atingir seus sonhos com estrelas recém recolhidas de noites descontraídas. Há vestígios de desejos se formando. Ainda é cedo para afirmar. A presença de desejos indica sentidos comprometidos e envolvidos. O mais prudente agora é habitar seus pensamentos e procurar pelo caminho das carótidas. Preciso passar por ele para chegar ao quarteirão cardíaco. Quero conhece-lo de cór.

Um convite suspeito: Asas não são necessárias e abismos não podem nos tocar quando moramos nas nuvens.


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