"Sem ar..."
Nude Woman Behind the Sun – Salvador Dali,
1977 |
Eu já tive namoradas muito bonitas, Meu Amor. Padrão modelo até. Lindas de morrer. Jovens, atraentes, gostosas, boas de cama... enfim. Exceto você.
Você rompeu todo o padrão de beleza que meus sentidos poderiam suportar e se irradiou por todo meu alcance. Difícil suportar isso. Ainda mais quando eu não queria perder nem uma fagulha das várias e múltiplas perfeições que emanavam de você.
Você não é bonita; é mais bela que quaisquer padrões de belezas previstos na atmosfera terrestre; é mais... bem mais bela que a própria beleza que, humildemente, se curva diante de toda sua exuberância.
Você não é jovem; possui encantos de eternidades infinitas que são capazes de fazer quaisquer juventudes se desfragmentar na sua presença.
Você não é "boa de cama"; é a própria voluptuosidade encarnada de forma bem gostosa e sensual. Basta você me tocar com sua pele ou com suas palavras para que minha libido vá aos extremas estratosféricos.
Você não é gostosa. É mais. É bem mais. Muito mais além que muito mais que deliciosa. Tenho desejos de fazer sexo com seus poros pra entrar em sua epiderme e ejacular amor e tesão nos gemidos do seu prazer.
Os imãs elétricos... eletromagnéticos ou mesmo aqueles de neodímio sentem inveja da força de atração suculenta e úmida que você espalha por onde passa. Você pode estar longe... muito longe. Basta um pensamento meu visitar uma lembrança minha, que na verdade é mais sua que minha, para que uma ereção duradoura me incomode e eu precise saciá-la.
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