sábado, 21 de março de 2015



"Sim. Claro. É um texto bonito. Em outras palavras, uma oração. Faz pouco tempo que o texto foi escrito. É que houve um tempo em que os dias 27 de setembro se multiplicavam a cada dia do ano. Eram vários... Todo dia era 27 de setembro. Até que houve um. E esse um era o mais bonito. Disseram que "não liguei, não ligamos." Mas eu liguei. O "Eu" é sempre um outro. E a árvore de nóses prefere conjugar os verbos mais cardíacos em seus frutos, na terceira Pessoa do Pólen, o Principal Plural.


Nesse dia, a beleza deixou de orbitar a sua trajetória para testemunhar aquelas sensações. Já fazia algum tempo que algo não era sentido daquela forma. O grau de pureza alcançado naquela hora, há muito não havia sido tocado. A vida retribuiu o carinho emanado do agora e o envolveu com amor. Foi exatamente assim que as chamas daquele vulcão escarlate que se agitava se acalmaram. Ao que parece, após uma tormenta de pensamentos disformes, os desejos se inflamaram não de prazer e sim de ternura. Caramelos eclipsados à flor da pele cárdio-labial.


A narrativa do que poderia ter sido deveria sempre ser. Novamente. Pra sempre. Vejo que as vezes não tiramos carteira de motorista na primeira tentativa. Mas na segunda, sim. E depois de um acidente, a terceira tentativa deixa de ser hipotética e se torna plenamente realizada. Pois é... as vezes erramos... Erramos e deixamos o que realmente importa escapar por entre os dedos, entre miocárdios. Mas só as vezes. Bem de vez em quando. Ou quem sabe? Eu não sei. Eu apenas sonho com desejos realizados e oportunidades "reconcedidas" mas cardiacamente reaproveitadas. Plenamente.

Mas é só talvez o texto mais bonito já escrito. Não traz a pessoa amada em Sete dias como as cartomantes. A menos que Sete Certas Letras possam ser realinhadas nas órbitas vulcânicas que, anonimamente, discretamente, solicitam caramelos mais aveludados. E essas órbitas estão cientes: enquanto houver solicitação, a recíproca além de verdadeira será abundante. Abundantemente infinita. Afinal, eu posso amar e multiplicar quaisquer sentimentos que houver nessa vida. Eu sou mais que um corpo que serve de morada a uma alma desolada. Sou mais que pensamentos ou ideias bem elaboradas acerca do amor. Mais que versos bem escritos. Eu sou mais que pares de ossos que abrigam platinas e parafusos. Eu sou mais, sou mais que lábios que se atraem através das artes ocultas das Letras. Mais que palavras ou textos bonitos. Bem mais que o amor da humanidade; eu sou a vontade de amar, que precisa amar, que vai amar, que só pode amar, que continua amando mesmo agora nesse momento, e vai continuar, assim como amou todos esses dias anteriores........... Você!” 



Assina aqui, essas mal traçadas linhas, a vontade de um ex-poeta de amar você.

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