domingo, 24 de janeiro de 2016

...com cobertura de razões
labiais e cardíacas...


Estou pensando em você. Estou escutando sons de violinos beijando os meus sentidos, bem profundamente, onde jamais a realidade veio visitar. Estou agora bem onde os planos, os sonhos e os desejos mais secretos que tenho com você são produzidos. Vejo uma linha sem fim de produção. Precisa ver como as coisas são por aqui. Basta tocarmos a atmosfera pra sentir.

É tudo tão de repente e tão natural. Tudo tão meu e tão em mim, que não consigo separar possessividade de sensibilidade. Sinto tudo tão meu e sinto tanto você em mim que o desejo foge ao seu encontro para roubar você de você mesma. Vejo você não se pertencendo mais. É minha agora. Então me abraça, meu amor. Me toca. Sinta em você a sua parte que é produzida em mim e que é minha. Você está presente. Tenho certeza.

Vai ficar essa noite, meu amor? Fica, por favor. Eu preciso de você só mais alguns momentos aqui para que a sua própria humanidade lhe convença que você não tem saída. Fica e eu te mostro os matizes de beleza que o nosso amor é capaz de produzir se nos amarmos bem aqui e agora. Podemos desfolhar poesias ao vento para que nossa respiração possa fixar aromas de amor pela manhã em nossos sentidos. Ainda precisa de seus sentidos? Porque os meus não são mais meus. Estão todos em você.

Quero mais um pouco dessa porosidade que está presente em meus pensamentos. Ela os torna sensitivos e a razão fica vulnerável aos sonhos. Se alimentarmos a realidade com esses sonhos agora, teremos uma chance, meu amor. Basta um olhar. Não precisa dizer nada. Eu sei a resposta. Então, vai ficar, não vai?

Dizem por aí que duas matérias não ocupam o mesmo lugar no espaço. Mas não aqui. Não há espaço, meu amor. E então? Me ajuda a comprovar que não há espaço? Você me ajuda a sentir que será sempre a dois? Sempre em nós dois? E só pra nós dois? Eu posso esperar quando você voltar. Mas fique até eu pegar no sono. Quero seguir você pelos caminhos que levam ao nosso encontro. Quero permanecer em nossos sonhos... "Aos caminhos, o nosso encontro," lembra-se?

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