quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

"Talvez tu não a leias mas quem sabe até darás
resposta imediata me chamando de 'meu bem'."


Rendida às entranhas virtuais,
a presença vai de encontro a realidade
paralela contida n´um sonho etéreo.
Como o sangue que vaga no interior
de uma carótida vulgar que ainda
insiste em ser navegável.
Kbytes tóxicos migram-se furtivamente,
desprendendo um néctar amniótico e extravagante,
provocando saudades numa tarde pálida
no plural pollyfórmico.

Acreditável ou não, é a contradição intermediada
na sensação entre o nascimento e o aborto.
Ou seria apenas prioridades metafóricas?
Nunca se sabe. Ou sabe-se demais sempre.
Meio-sorrisos fazem frente de combate
nos ermos de poros inundados por duas fragrâncias.
N´um intervalo, o silêncio é inibido
por colmeias caramélicas, servindo de alvo
às boas e tristes conversas. “Entendi...”

Mas é apenas uma pausa.
Logo, o silêncio retorna espaçando
meias palavras digitadas na estufa do miocárdio.
Embora a proximidade seja ainda mais atuante.
Ainda que distante da presença.
Assim se apresenta a máquina do mundo:
nos encalços dessa luz que queima e se angustia
ao se distanciar de seu refletor.

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